Após a tão aguardada inauguração do corredor do BRT TransBrasil, ligando Deodoro ao Terminal Gentileza, na Região Central do Rio, uma estação projetada para atender os moradores de São Cristóvão segue inoperante. Chamada nos primeiros projetos de Estação Igrejinha, em referência à histórica Igreja Nosso Senhor do Bonfim e Senhora do Paraíso, permanece fechada e sem utilidade para o público.
Localizada entre as estações Vasco da Gama e Into, a Estação Igrejinha tinha o potencial de se tornar uma conexão para os moradores das ruas Sá Freire e do Bonfim, especialmente com o recente lançamento de novos empreendimentos residenciais na área. No entanto, a estrutura que chegou a ganhar uma pintura especial, está deserta e cenário a frequentes assaltos, especialmente na passarela sob a Avenida Brasil, segundo denúncia de moradores.
Atualmente, a estação não possui paradas do BRT. Em seu lugar, uma placa indica ser um Centro de Controle Operacional, mas permanece inoperante. O DIÁRIO DO RIO buscou esclarecimentos com a MOBI-Rio, operadora do sistema BRT no município, que afirmou que a estação foi convertida em um Centro de Controle dedicado ao TransBrasil, equipado com telões para monitorar o corredor. No entanto, não foram fornecidas informações sobre um prazo para o funcionamento do espaço.
A situação preocupante da área não é novidade para os moradores. A Igreja Nosso Senhor do Bonfim e Senhora do Paraíso, erguida em 1850 e tombada em 2007, enfrenta anos de degradação, com estruturas vandalizadas e desgastadas. Embora o processo de restauração tenha iniciado em 2021, poucas melhorias foram realizadas desde então. A igreja permanece fechada desde sua interdição pela Defesa Civil em 2018. Além disso, a área adjacente, anteriormente uma praça, agora se transformou em um verdadeiro lixão a céu aberto, agravando ainda mais a degradação do local.