Comuns nos condomínios residências, os minimercados estão em alta também nos prédios comerciais do Rio de Janeiro. Com a volta irrefreável do trabalho presencial, esses estabelecimentos estão cada vez mais migrando do ambiente doméstico para o corporativo.
A praticidade de poder comprar produtos em espaços inteligentes de autoatendimento tem conquistado mais adeptos. A otimização do tempo é um dos fatores que tem atraído esse tipo de espaços nos escritórios, fazendo com que os funcionários tenham mais facilidade no dia a dia.
“As empresas vão aonde o consumidor está”, afirma Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). “Nos últimos anos, boa parte estava em casa em função da pandemia, e depois do home office. Por esse motivo, o crescimento dos minimercados se concentrou em condomínios residenciais”, disse o especialista ao portal Valor Econômico.
À medida que o trabalho remoto perde força, os estabelecimentos comerciais voltaram a ser mais atrativos para as operadoras, completa Bentes.
Ao Valor Econômico, Sandro Wuicik, cofundador e diretor de expansão do Market4u, líder do segmento no Brasil, afirma que, atualmente, a maior parte da procura vem de estabelecimentos comerciais, em especial escritórios. Segundo ele, isso parte de uma necessidade das empresas de tornarem o ambiente de trabalho mais útil e atrativo para os colaboradores.
O número de minimercados autônomos aumentou significativamente pouco depois da pandemia. Segundo levantamento feito pela CNC com dados do Ministério do Trabalho, de 2021 para 2022 houve um aumento de quase 90%, saindo de 6.020 para 11.400 pontos. Até dezembro do ano passado, eram mais de 131 mil em todo país.
Diante da franca expansão, muitas empresas foram abertas, criando um mercado extremamente pulverizado e competitivo. Os empresários avaliam que com o tempo o setor vai inevitavelmente caminhar para consolidações.