Em operação desde novembro de 2021, após o leilão da Cedae, a concessionária Águas do Rio tem trabalhado para recuperar a balneabilidade da Baía de Guanabara e de praias cariocas historicamente poluídas, como Botafogo, Flamengo e Urca.
Até o momento, mais de 80 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixaram de cair nos locais citados. O trabalho está tornando o sistema de esgotamento sanitário mais eficiente e seguro, ampliando sua capacidade de coletar e tratar o efluente gerado na Região Metropolitana do Rio.
”A recuperação dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto existentes já nos trouxe resultados positivos com águas mais limpas e sucessivos relatórios do Inea mostrando períodos cada vez maiores de balneabilidade em praias historicamente poluídas da Baía de Guanabara, como Flamengo e Urca. Isso significa que, quando fazemos a nossa parte, ou seja, trabalhamos com foco na despoluição da baía, a natureza faz a dela e se regenera”, diz Alexandre Bianchini, vice-Presidente da Aegea, holding da Águas do Rio.
”É cada vez mais comum encontrar golfinhos, raias e tartarugas-verdes na Baía de Guanabara nos últimos anos. Muito se fala dos problemas da baía, mas já posso afirmar que vejo um aumento na vida marinha e águas cada vez melhores para o mergulho, principalmente na enseada de Botafogo e Urca”, complementa o biólogo, fotógrafo e cinegrafista Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano.
Vale ressaltar que, de acordo com o Marco Legal do Saneamento, a Águas do Rio tem até 2033 para universalizar o esgotamento sanitário, ou seja, coletar e tratar o esgoto de 90% da população, em todos os 27 municípios em que a concessionária atua, o que inclui as cidades no entorno da baía. O investimento total será de aproximadamente R$ 12 bilhões.
Ações inéditas
Uma das grandes ações da Águas do Rio foi a desobstrução do Interceptor Oceânico, túnel de 9km de extensão responsável por coletar grande parte do esgoto da Zona Sul carioca e direcioná-lo para o Emissário Submarino de Ipanema.
Após 52 anos sem limpeza e manutenção, cerca de 3 mil toneladas de resíduos foram removidas, permitindo que o coletor operasse em sua capacidade máxima. Essa intervenção foi fundamental para prevenir extravasamentos e contribuir para a melhoria da qualidade das praias, como a do Flamengo.
A concessionária também vem recuperando as estações de tratamento de esgoto (ETES).
A ETE Alegria, no Caju, na Zona Portuária, considerada a maior do estado, cujo efluente deságua na Baía de Guanabara, aumentou ainda mais sua vazão, após interligação do tronco coletor de Manguinhos, realizada em junho de 2023, pelo Governo do Estado. Com 4,6km de extensão, ele receberá o esgoto de aproximadamente 600 mil moradores da região, levando o efluente para tratamento na ETE Alegria.