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Rio de Janeiro

Mesmo diante de bons resultados do homeoffice, executivos querem volta ao trabalho presencial ‘full time’

26 de março de 2024
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O mundo corporativo empenhou imensos esforços para não somente sobreviver à pandemia mas também manter as suas margens de lucros. O trabalho remoto foi a alternativa encontrada pelas empresas durante a crise sanitária internacional. Com a distensão do perigo, as corporações voltaram às atividade presenciais tendo como uma das alternativas o jornada híbrida. A medida, atualmente, é questionada por muitas corporações.

Caso da UPS, empresa norte americana de remessas e encomendas. A diretora-executiva (CEO) da instituição, Carol Tomé, por exemplo, anunciou a demissão de 12 mil dos seus 85 mil gerentes e o retorno de todos os funcionários ao trabalho presencial cinco dias por semana.

A iniciativa não foi bem-vista pelos trabalhadores que conseguem desempenhar as suas atividades de forma integral e sem perda de produtividade. Executivos de outras empresas e professores de universidades de renome afirmam que o posicionamento é radical e que não se pode eliminar trabalho híbrido e remoto totalmente.

É o caso da professora Colleen Flaherty Manchester, Departamento de Trabalho e Organizações da Escola de Administração Carlson da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, para quem o trabalho híbrido “passou a ser essencial” e que abandoná-lo seria “andar para trás”.

No pós-pandemia, pesquisadores de várias instituições internacionais se debruçaram sobre dados coletados em corporações que adotaram o trabalho híbrido e remoto. Os resultados das pesquisas mostraram que os funcionários mantiveram a produtividade e a lucratividade das empresas em alta. Ainda segundo as pesquisas, o equilíbrio entre a vida profissional e o trabalho reforçaram outros fatores intangíveis, como a lealdade dos trabalhadores às instituições.

Diante das evidências detectadas nos levantamentos e a forte resistência dos funcionários, muitos CEOs recuaram dos seus intentos em retomar o trabalho presencial full time nos escritórios. Tais resultados, no entanto, não impediram que algumas corporações emitissem comunicados de recomendação de volta ao trabalho presencial cinco vezes por semana, como a JP Morgan Chase, Goldman Sachs e o Citigroup, que exigiram o retorno dos seus funcionários às suas bases durante toda semana. A Boeing, do setor de aviação, enveredou pelo mesmo caminho. Executivos de outras grandes organizações também estão considerando adotar a mesma medida.

A iniciativa, entretanto, tem gerado perplexidade em estudiosos do mundo corporativo, como Stephen Meier, chefe da divisão de administração da Escola de Negócios Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, que veem a retomada do trabalho presencial como um retrocesso. Para Meier, existe um ponto de convergência entre as corporações que pedem a volta aos escritórios: funcionam com táticas de gestão de linha-dura.

“Você não pode manter o mesmo estilo de liderança que você tinha antes “, afirma ele. “Você precisa realmente empoderar … E acho que alguns líderes simplesmente se acostumaram com um certo modelo de comando e controle”, teria dito Stephen Meier, como reportou a “BBC News”.

O professor citou o caso do CEO da Tesla, Elon Musk, crítico de primeira hora do trabalho remoto, que deu um ultimato aos seus funcionários em 2022 de “apareça ou se demita”. Em 2023, durante uma entrevista à rede de TV CNBC, Musk disferiu comentários agressivos contra os trabalhadores que pleiteiam horários de trabalho flexíveis, dizendo que, especialmente, os da “classe do laptop” estava “vivendo em La La Land”.

O posicionamento de Elon Musk, para o professor de economia Nicholas Bloom, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, reflete como Musk vê o trabalho: a “sua vida é sua empresa”.

“Se você for Elon Musk, você basicamente quer passar cada minuto acordado e trabalhando. É o lugar onde a sua mente se concentra. Você adora aquilo. É a sua carreira. É a sua aspiração, onde todo o seu dinheiro está investido.” Alguns CEOs com esta mentalidade esperam o mesmo dos seus funcionários: ‘se eu voltei, você também vai’”, explicou o professor.

Tal abordagem, segundo alguns especialistas, guiada pelo poder e pela força, é compartilhada entre muitos executivos. Caso de Jamie Dimon, da JPMorgan Chase, exigiu a volta dos funcionários às suas mesas em julho de 2023. Na ocasião, o diretor executivo afirmou que se os trabalhadores quisessem incluir a marca JPMorgan Chase em seu currículo teriam que voltar ao trabalho presencial full time.  

“Entendo totalmente por que alguém não quer enfrentar uma hora e meia de transporte todo dia”, declarou ele. “Entendo totalmente… mas isso também não quer dizer que eles precisam trabalhar aqui”, observou Dimon, cujo posicionamento pode ser interpretado, segundo estudiosos, como culto da  personalidade e desejo de controle diante das incertezas da economia, que geram instabilidades quanto ao desempenho e os lucros das empresas, como afirmou Nicholas Bloom, a partir de um estudo analítico de 137 anúncios diferentes de retorno ao escritório de 2023, realizado por dois professores da Escola de Graduação em Negócios Katz da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

A pesquisa concluiu que os gerentes exigem o retorno ao escritório “para reafirmar o controle sobre os funcionários e culpá-los como bodes expiatórios pelo mau desempenho das empresas”, especialmente aqueles cujas empresas passam por dificuldades financeiras e que são pressionados a adotar medidas drásticas ou “desesperadas” para provar aos acionistas que as organizações sob a sua responsabilidade são lucrativas.

Os pesquisadores citam o caso da Carol Tomé, da UPS, que registrou um recuo na sua receita acima do esperado no quarto trimestre do ano passado. A estratégia, no entanto, pode prejudicar os líderes corporativos, que, segundo Nicholas Bloom, se consideram “Reis Sóis, como Elon Musk. Eles são simplesmente inacessíveis para seus funcionários e não estão acostumados a ouvi-los… E acabam forçando essa situação, o que é uma decisão ruim”, comentou o professor, acrescentando que “no longo prazo, o desempenho melhora mantendo os funcionários felizes e reduzindo os custos de retenção e contratação. As pesquisas mostram com muita clareza que, para os profissionais e para os gerentes, o trabalho híbrido é lucrativo para as empresas.”

Para o professor de administração de empresas Prithwiraj Choudhury, da Escola de Negócios da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, a maioria das organizações vão perceber que assumir posições no estilo linha-dura gera mais problemas que soluções. A tendência é que elas sejam flexíveis.

“Acho que nenhuma empresa no mundo de hoje pode impor uma política contra os talentos”, afirma Choudhury. “Simplesmente não vai funcionar. Você irá sentir a dor. Você irá ver algumas das suas melhores pessoas saírem. E, então, haverá uma correção de curso”, pontuou Choudhury.

Nessa queda de braço, as empresas tendem a perder muitos talentos. O não significa que as organizações voltarão atrás, pois com a recessão, os trabalhos perderam parte do seu poder de negociação, ou mesmo, de consumo. Nesse cenário, a arrogância dos executivos pode se impor sobre os dados das pesquisas ou sobre a satisfação dos funcionários.

Informações: BBC News

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