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Felipe Lucena: Marielle não ‘acabou’, muito pelo contrário

26 de março de 2024
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Na última semana, o deputado federal Eder Mauro (do PL do estado do Pará) disse em uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara: “Marielle Franco acabou, p*! Não tem p* nenhuma aqui!”. As frases foram ditas aos gritos. Por mais que muita gente não aceite, quebre placas e decoros de forma raivosa, Marielle Franco não “acabou”. Muito pelo contrário. Sua atuação política como vereadora e até mesmo antes disso, ainda na favela da Maré, iniciou diversas boas ações no Rio de Janeiro. Sementes foram plantadas. E a denúncia dos mandantes de seu assassinato pode ser o início de um processo de profundas e necessárias mudanças na política do estado do Rio.

Passaram-se mais de 6 anos para que os mandantes do assassinato de Marielle Franco fossem denunciados. Uma vereadora, cria de favela, preta, defensora das causas LGBTQIAP+, foi morta a tiros junto com o motorista Anderson Gomes, perto da sede da Prefeitura, na região central da cidade, e esse crime bárbaro contra pessoas e contra a democracia passou tanto tempo impune. Tudo isso com o estado do Rio, à época, em intervenção federal na segurança. Vieram quatro anos de governo Bolsonaro e as investigações não andaram.  

As denúncias da Polícia Federal apontam os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes. De acordo com o inquérito, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, ajudou a planejar o crime e atrapalhar as investigações. O mesmo delegado que recebeu a família da vítima dizendo que iria fazer de tudo para solucionar o caso da maneira mais rápida possível. Um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, um deputado federal e um responsável por uma força de segurança pública. A parte apodrecida do Estado, loteado por e para criminosos, planejou e mandou matar uma vereadora porque, ainda segundo o que foi investigado, ela estava “atrapalhando” os planos de expansão territorial da família que dominou politicamente parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro por décadas. Ainda fizeram de tudo para frear o trabalho investigativo do caso.

As investigações apontam que Marielle Franco foi assassinada por se posicionar contra os planos de expansões territoriais da família Brazão. Mandaram matar uma vereadora que estava fazendo o trabalho de fiscalizar, inerente ao poder legislativo. Mas também mandaram matar, pois acreditavam na impunidade. Era parte significativa do Estado que estava ali. Quem iria punir quem dita as regras? E por anos (seis para ser exato) quase tudo passou impunimente. Foram 2.202 dias sem saber quem mandou matar Marielle.

Um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, um deputado federal e um responsável por uma força de segurança pública. A parte apodrecida do Estado, loteado por e para criminosos, planejou e mandou matar uma vereadora e fizeram de tudo para atrapalhar as investigações. Essa banda podre que está presente em incontáveis estruturas governamentais do estado e de cidades do Rio de Janeiro precisa começar a ser expurgada, colocada para fora, ou melhor, colocada para dentro da cadeia. Só assim conseguiremos ver algum desenvolvimento real por aqui.

Enquanto essas peças fétidas estiverem em cargos de importância muito pouca coisa vai mudar no Rio de Janeiro. Não vai mudar. Eles não vão deixar. Vão fazer de tudo, como fizeram com Marielle Franco, para não perder. Marielle não precisava morrer da forma como foi. Ninguém deve virar vítima de um Estado extremamente contaminado por criminosos. Que a honrosa memória da vereadora e esse momento nos sirvam para pressionarmos, como sociedade civil, de todas as formas possíveis, mudanças centrais em nossas estruturas de poder. Não dá mais para aceitar o Rio sob o controle dessa gente. Não dá!

Marielle Franco foi assassinada por essa estrutura de poder criminosa. Eles roubaram o Estado para si e vão continuar cometendo crimes, dos mais bárbaros como matar uma vereadora aos pequenos esquemas e acordos. Tudo para seguir com as mãos dominando parte das vidas das pessoas que vivem no Rio de Janeiro.

Projetos de habitação para famílias de baixa renda, creches noturnas para responsáveis poderem deixar seus filhos enquanto trabalham, entre outras ideias foram apresentadas por Marielle Franco na Câmara de vereadores do Rio em pouco mais de dois anos de mandato. Deputadas atuantes como Dani Monteiro e Renata Souza são consideradas duas de suas sementes na política do Rio. Quem vive na Maré sempre lembra de Marielle com carinho por toda sua atuação política, social e cultural por lá.

Marielle não “acabou”. Por mais que muitos queiram isso, isso não vai acontecer. Suas lutas, suas sementes e sua memória ainda vão mexer em muita coisa na política do Rio de Janeiro e do país. Mais do que nunca, podemos gritar: Marielle presente!

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