Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
Informe Rio de janeiro
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
Informe Rio de janeiroInforme Rio de janeiro
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Nacional

Governadores de Goiás e do Pará divergem sobre PEC da Segurança Pública

28 de maio de 2025
Compartilhar

28/05/2025 – 20:51  

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Pará, Helder Barbalho, divergiram sobre a proposta de emenda à Constituição do governo federal que reestrutura o sistema de segurança pública (PEC 18/25). Eles participaram de debate na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (28).

Na opinião de Caiado, o texto é uma “cortina de fumaça” para permitir o crescimento das facções criminosas, ao transferir o combate às milícias e ao crime organizado para a Polícia Federal. Já Barbalho sustenta que somente com a união de todos e uma coordenação nacional será possível combater as organizações criminosas.

De acordo com Ronaldo Caiado, o governo passa o combate às milícias e facções para a Polícia Federal porque sabe que a corporação não tem mão de obra para cumprir todas as suas atribuições.

“A concentração na Polícia Federal é para dizer ‘olha, PCC, comando vermelho, pode andar em paz, essa peça aqui vai liberar você total, liberou geral’. A prova é que a PEC tira poder dos estados, tira poder dos governadores, tira poder da polícia militar, tira poder da polícia civil”, disse Caiado.

Já Helder Barbalho argumenta que o Brasil precisa se unir para enfrentar o crime organizado. Segundo o governador, nove em cada dez brasileiros se dizem muito preocupados com a violência, e um em cada dez vive sob o domínio de uma facção, o que representaria 23 milhões de pessoas.

“Se nada mudar, nós vamos perder o controle de regiões inteiras. O crime já movimenta cerca de R$ 150 bilhões em todo o nosso país. As facções entraram na cadeia criminosa global, dominaram as rotas para os Estados Unidos e para a Europa, do tráfico de drogas passaram ao contrabando de arma, ouro, madeira, cigarro, bebida e combustível”, afirmou.

O governador paraense propôs uma grande coalização nacional entre governo federal, governadores e sociedade civil para desmontar as facções criminosas, a começar pelo Rio de Janeiro. De acordo com Helder Barbalho, o estado fluminense concentra “as cabeças do crime”, de onde as atividades criminosas se disseminam para o restante do país.

Em busca de consensoRelator do texto na Comissão de Constituição e Justiça, onde ocorreu o debate, o deputado Mendonça Filho (União-PE) afirmou ser a favor do fortalecimento do federalismo. Segundo disse, em um país com as dimensões do Brasil, com mais de 5.500 municípios, seria impossível aos estados serem governados por qualquer política pública centralizada em Brasília.

No entanto, o deputado disse ser importante buscar um consenso, que considera a única maneira de combater a violência e o crime organizado.

“Não é possível que num tema que envolve tamanho interesse da sociedade brasileira, que repercute no dia a dia da população, a gente não possa fazer um pacto, um entendimento, uma concertação. A gente está perdendo a guerra para o crime – não é o presidente Lula, não é o governador Caiado, não é o governador Helder, somos todos nós, e principalmente os mais pobres, que são os mais afetados com a falta de segurança pública”, ressaltou o deputado.

DivergênciasComo forma de aprimorar a PEC da Segurança Pública, o governador Helder Barbalho sugeriu a destinação obrigatória de recursos para o Fundo Nacional de Segurança, da mesma maneira como já ocorre com a saúde e a educação. De acordo com Barbalho, enquanto a educação conta com um orçamento de R$ 287 bilhões, em 2025, e a Educação, de R$ 110 bilhões, a segurança pública recebeu destinação de apenas R$ 1 bilhão no ano.

Já o governador Ronaldo Caiado pediu que a Comissão de Constituição e Justiça rejeite a proposta, que considera uma afronta à autonomia dos governadores. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), líder da Minoria na Câmara, expressou a mesma opinião, assim como outros parlamentares oposicionistas.

“Nessa Comissão de Constituição e Justiça nós não deixaremos passar essa proposta que vai acabar com a segurança pública do país, que vai acabar com a força dos governadores”, disse.

O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), por sua vez, argumentou que não cabe à comissão debater o mérito da proposta, apenas decidir se ela é constitucional ou não, sem ferir as chamadas “cláusulas pétreas”.

“A PEC não está acabando com a forma federativa do Estado, o governador continuará sendo governador; os prefeitos, prefeitos; e o presidente, presidente. A forma federativa do Estado está garantida”, afirmou.

Além de ampliar os poderes da Polícia Federal, a proposta do governo prevê outras medidas. Entre elas, determina que a União terá competência exclusiva para editar leis gerais sobre segurança pública e defesa social, e o sistema penitenciário. Hoje, essa responsabilidade é dividida com os estados. O texto, no entanto, deixa claro que estados e municípios continuarão responsáveis pelo comando e gestão de suas forças de segurança.

Reportagem – Maria NevesEdição – Ana Chalub

Leia também

Sancionada lei que cria política de proteção a pessoas com albinismo

Projeto destina dinheiro de multa ambiental para a causa animal

Projeção de frases e imagens na fachada do Congresso põe em foco a luta antimanicomial

Comissão aprova obrigatoriedade de clube inscrever programa de formação de atleta no conselho da criança

CCJ aprova ampliação de hipóteses do crime de subtração de incapaz, incluindo o detentor de guarda compartilhada

Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Love0
Angry0
Wink0
Happy0
Dead0

Você pode gostar também

Nacional

Sancionada lei que cria política de proteção a pessoas com albinismo

29 de maio de 2025
Nacional

Projeto destina dinheiro de multa ambiental para a causa animal

29 de maio de 2025
Nacional

Projeção de frases e imagens na fachada do Congresso põe em foco a luta antimanicomial

29 de maio de 2025
Nacional

Comissão aprova obrigatoriedade de clube inscrever programa de formação de atleta no conselho da criança

29 de maio de 2025
Nacional

CCJ aprova ampliação de hipóteses do crime de subtração de incapaz, incluindo o detentor de guarda compartilhada

29 de maio de 2025
Nacional

BRICS debate como regulamentar uso da Inteligência Artificial

29 de maio de 2025
  • Fale Conosco
  • Blog
  • Termo de Uso
  • Política de Privacidade
  • Sobre o Site

Siga-nos

Portal Informe Rio de Janeiro