A desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo se despediu da 16ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), nesta quarta-feira (16), em razão de sua aposentadoria compulsória. A desembargadora Márcia Succi, 1ª tesoureira da AMAERJ, representou a Associação na homenagem realizada por magistrados na sala de sessão da Câmara.
Magistrada há 43 anos, a desembargadora Maria Augusta afirmou que foi muito feliz em sua carreira. “Encerrada a faculdade de Direito, atuei no Ministério Público por cinco anos. Um dia achei que queria decidir, não opinar. Então fiz o concurso para a Magistratura e tomei posse em 1982. Sou muito fiel às minhas iniciativas, fiquei casada por 45 anos, meu marido faleceu no início deste ano, e fiquei no Tribunal de Justiça por 43 anos. Tudo o que fiz eu gostei e fui feliz. A Magistratura me satisfez muito”, disse a magistrada à AMAERJ.
A desembargadora destacou a importância do exercício da Magistratura. “Ser juiz não é só aplicar a lei, é saber efetivamente como deve ser aplicada a pessoas. Embora saibamos que é uma função de grande peso e responsabilidade, a Magistratura é gratificante porque, de alguma forma, você pode ajudar, solucionar e apaziguar. A função requer muita dedicação sempre. Requer dos juízes que ajam com bondade, sinceridade, que vejam que do outro lado da mesa tem gente. Não é fácil o caminho, mas é um caminho bonito de ser feito.”
Em breve, a desembargadora Maria Augusta passará a integrar o Núcleo de Conhecimento do Tribunal, na área dos eventos internacionais. “Esse é um momento importante, em que encerro uma fase muito gratificante na minha vida. Agora vem uma outra fase, que é uma incógnita e, portanto, um desafio. Mas estou pronta para os desafios”, afirmou a magistrada.
O desembargador Antonio Iloizio Barros Bastos discursou em nome da 16ª Câmara de Direito Privado. “Foi especial e rico o nosso convívio. Aprendemos com a sua elegância e o seu rigor técnico. Vamos sentir saudade de você e do seu atuar. Que seja feliz na sua nova fase da vida”, disse.
Diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado (EMERJ) e ex-presidente da AMAERJ, o desembargador Cláudio Dell’Orto afirmou que “a homenagem é um reconhecimento de todos pelo trabalho, pela dedicação e pelo tempo que a desembargadora disponibilizou da sua vida em prol da Magistratura”.
O presidente do TJ-RJ, desembargador Ricardo Couto, frisou as qualidades da magistrada. “Todos sabem do apreço e do carinho que eu tenho pela desembargadora Maria Augusta. Todos nós temos. Ela não apenas carrega o conhecimento, mas também a sensibilidade do bom julgador. Aprendi com ela o convívio alegre, o respeito aos colegas, a forma gentil e educada de se comportar. Agora a desembargadora descansa dos julgamentos, mas continua conosco na área de conhecimento do Tribunal.”
A desembargadora Maria Augusta de Figueiredo é formada em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Direito Público pela UFRJ.
Ingressou na Magistratura em 21 de junho de 1982, pelo 4º Concurso. Foi promovida a desembargadora em 1998. Exerceu os cargos de corregedora-geral da Justiça, no biênio 2015-2016, e 3ª vice-presidente do TJ-RJ, de 2017 a 2018.
Desembargadores Cláudio Dell’Orto e Antonio Iloizio Barros Bastos parabenizaram a homenageada
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