Nesta terça-feira (3), a atriz, diretora e escritora Beth Goulart, consagrada nos palcos brasileiros, premiada em diversos espetáculos, registra para a posteridade a sua história de vida e profissional no ano em que comemora seus 50 anos de carreira. E o MIS RJ, o primeiro Museu da Imagem e do Som inaugurado no país, em 1965, completa na mesma data, 3 de setembro, 59 anos de salvaguarda da Cultura Brasileira.
“Estamos honrados e duplamente felizes com essa gravação no dia do aniversário do MIS RJ. A Beth Goulart vai deixar um importante acervo para as futuras gerações, contando em primeira pessoa, como foi a sua estreia profissional, a trajetória brilhante no teatro, cinema e televisão, e o amor pelas artes herdados dos pais, Nicette Bruno e Paulo Goulart. E mais, Beth Goulart vai estar no mesmo auditório da Praça XV, que a sua mãe Nicette também registrou o seu Depoimento para a Posteridade em 2015”, afirmou o presidente do MIS RJ, Cesar Miranda Ribeiro.
Quando estreou profissionalmente na peça “Os efeitos dos raios gama sobre as margaridas do campo”, Beth Goulart tinha apenas 13 anos, e sua impressionante atuação lhe rendeu a indicação ao Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), de atriz revelação. Ao longo de 50 anos de carreira, trabalhou em mais de 30 novelas em várias emissoras e participou de 12 longas-metragens. No teatro, ganhou inúmeros prêmios: Shell Rio 2000, por “Decadência”; Prêmio Qualidade Brasil 2000, por “Somos Irmãs”; Prêmio Unesco 2003, pelo monólogo “Dorotéia minha”; bem como os 5 prêmios dedicados ao espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector” (2009), de sua autoria e direção. Em 2022, fez sua estreia como escritora fora da dramaturgia, ao lançar seu primeiro livro, “Viver é uma arte: transformando a dor em palavras”, pela editora Letramento. Atualmente está trabalhando em seu segundo livro, que aborda as transformações passadas ao longo da vida, e como a arte pode ser um potente instrumento para esse caminho, com previsão de lançamento para o segundo semestre, pela editora Planeta. Beth Goulart é membro da Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de número 22, cujo patrono é sua mãe, Nicette Bruno.
Beth Goulart terá ao seu lado, como convidados entrevistadores, Edney Silvestre, escritor, jornalista e dramaturgo, autor de 7 livros de ficção e 3 de reportagens, vencedor do Prêmio Jabuti 2010 e São Paulo de Literatura pelo romance “Se eu fechar os olhos agora”; Rose Gonçalves, fonoaudióloga e preparadora de elenco. Durante 30 anos foi professora e coordenadora de voz no curso de formação de atores da Escola de Teatro Martins Pena. É preparadora vocal de peças teatrais, filmes e novelas; e Mauro Alencar, Mestre e Doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana (Ciências da Comunicação) pela Universidade de São Paulo, é autor do livro “A Hollywood Brasileira – Panorama da Telenovela no Brasil”, das adaptações de “Selva de Pedra”, “O Bem-Amado”, “Pecado Capital”, “Roque Santeiro” e “Vale Tudo” para a Coleção Grandes Novelas e da biografia “Susana Vieira: Senhora do Meu Destino”. A Série Depoimentos para a Posteridade está sendo gravada com duas câmeras, para melhorar a qualidade documental do material a ser pesquisado, possibilitando mais opções para as futuras gerações. A mediação será conduzida pela jornalista do MIS RJ, Márcia Benazzi, na sede da Praça XV.
Sobre a série Depoimentos para a Posteridade:
Em 1966, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, inaugurou o projeto Depoimentos para a Posteridade, inédito programa de história oral criado por Ricardo Cravo Albin, para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, o teatro, a literatura, o cinema, o esporte e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos de figuras notáveis, como Nicette Bruno, Clarice Lispector, Cacilda Becker, Fernanda Montenegro, Nathália Timberg, Monah Delacy, Christiane Torloni, Ary Fontoura, Augusto Boal, Italo Rossi, Stenio Garcia, Sergio Brito, Paulo Autran, Dulcina de Moraes, Italo Rossi, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Donga, João da Baiana, Pelé, Hamilton de Holanda, Jacob do Bandolim, Radamés Gnatalli, Elizeth Cardoso, Abel Ferreira, Dorival Caymmi, Di Cavalcanti, Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Nara Leão, Nélida Piñon, Clementina de Jesus, Roberto Menescal, Chico Buarque e muitos outros.
O MIS RJ integra a rede de equipamentos culturais do Governo do Estado e é vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj).
Serviço
Local: Museu da Imagem e do Som – Praça Luiz Souza Dantas, nº 1, Praça XVData: 3 de setembro de 2024 (terça-feira).Horário: 15h às 18h, gravação sem a presença do público.Contatos MIS RJ: gerenciadeproducao@mis.rj.gov.brascom@mis.rj.gov.br