A presidente da AMAERJ, juíza Eunice Haddad, participou nessa sexta-feira (23), do evento “Justiça 4.0, Inovação e as Novas Plataformas” na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). O encontro abordou as transformações no Poder Judiciário a partir do uso da tecnologia, com destaque para a aplicação da Inteligência Artificial, a automação de processos e a adoção de plataformas colaborativas.
A magistrada ressaltou a relevância de um Poder Judiciário receptivo às inovações tecnológicas, buscando sempre um equilíbrio adequado entre a modernização e a preservação dos princípios fundamentais da Justiça. “O Judiciário precisa acompanhar as transformações sociais, e isso exige uma mudança de mentalidade. Precisamos aceitar a tecnologia, valorizar a consensualidade e fazer uso consciente das ferramentas que temos em mãos”, disse a presidente.
O juiz Anderson de Paiva Gabriel, presidente do Fórum Permanente de Inovações Tecnológicas no Direito da EMERJ, foi responsável pela abertura do evento e ressaltou o firme compromisso do Judiciário brasileiro com a adoção e o avanço das inovações tecnológicas. “A revolução tecnológica tem ocorrido em uma escala impressionante, e as instituições públicas, incluindo o Poder Judiciário, não podem se manter à margem. Tenho plena convicção de que o Judiciário brasileiro está na vanguarda desse movimento, quando comparado aos sistemas judiciais de outros países”, afirmou.
O desembargador Cesar Cury, que preside o Fórum Permanente de Justiça Multiportas, Mediação e Justiça Restaurativa da EMERJ e o NUPEMEC/TJRJ, também integrou a mesa de abertura do evento. Ao dar as boas-vindas, destacou a importância da interação entre a tecnologia e o Direito, enfatizando os impactos dessa relação no aprimoramento da Justiça. “A relação é recente, mas irreversível — não há mais como separá-los. Essa integração vai continuar a se aprofundar de forma vertiginosa, impulsionada tanto pelo avanço científico e tecnológico quanto pela necessidade de repensarmos não apenas a prática jurídica, mas, principalmente, os próprios fundamentos teóricos do Direito.”
O juiz Fábio Porto destacou o protagonismo do Judiciário brasileiro no campo das inovações tecnológicas, ressaltando o papel de liderança e vanguarda nesse processo de transformação digital. “Não há nenhum Judiciário no mundo que esteja implementando tantas inovações quanto o nosso. A quantidade de ferramentas desenvolvidas e todo o esforço empenhado têm um objetivo claro: facilitar o acesso à justiça e oferecer soluções que sejam realmente rápidas e eficazes”, pontuou o magistrado.
Também compuseram a mesa de abertura a conselheira Daniela Madeira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o desembargador Humberto Dalla, conselheiro do Departamento de Estudos e Pesquisas da AMAERJ. O desembargador Claúdio dell’Orto, diretor-geral da EMERJ e o juiz Francisco Posada palestraram no evento.
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