O Rio de Janeiro pode voltar a ter um autódromo para receber corridas de carros e motos. Isso porque um projeto de lei publicado no dia 22 de março no Diário Oficial da Câmara do Rio, prevê a construção de um “autódromo parque” em Guaratiba, na Zona Oeste. O projeto estabelece o trecho do Rio Piraquê, situado entre a Avenida Dom João VI e a Estrada da Matriz, como local de construção. Trata-se do terreno onde seria a sede da JMJ, local que tem o empresário Jacob Barata como um dos sócios. A área, que é imensa, tem dois milhões de metros quadrados.
O texto propõe diversas intervenções na região para abrigar o projeto, como a criação de novas estações de BRT e incentivo a atividades culturais e shows quando não estiverem acontecendo corridas. Investidores imobiliários da região têm se mostrado animados com a possível valorização do bairro, que está com preços estagnados a décadas e sofre com invasões a imóveis e a irregularidade fundiária.
Recentemente uma casa construída em cima de uma rua na Estrada da Pedra, junto a uma antiga estação da Cetel, foi demolida. A área tem sofrido com fraudadores que vendem ilegalmente lotes de terras, o que vem sendo investigado pela polîcia. Um homem chamado “André” vem vendendo lotes com documentos falsificados.
O presidente da Câmara e da Frente Parlamentar em defesa no novo autódromo, Carlo Caiado, comentou sobre o projeto: “o automobilismo atrai turistas, gera emprego e movimenta toda uma cadeia produtiva. E essa é uma região que precisa de investimentos. Vamos debater com responsabilidade, mas entendendo a importância desse autódromo para o Rio”, disse.
O novo autódromo pode ser construído mais de 10 anos após a desativação do autódromo Nelson Piquet, que deu lugar ao Parque Olímpico em 2012. Min antigo autódromo chegou a sediar por muitos anos competições da Fórmula 1 aqui no Rio. Seu entorno era bastante deserto, e era comum ver muitos carros de auto-escolas nas ruas em volta, tendo suas cercanias se tornado um grande polo de aulas de direção.